Então teve aquele dia
Que a cama estava feita
Que o luar ficou na espreita
E que ela iria se entregar
Que ela iria namorar
Como diz a poesia
Ao sabor da maresia
Com o vento a lhe soprar
Esquecera a agonia
De não ser um dia aceita
Jogou fora a receita
Resolveu se reinventar
Já que é pra se molhar
Deixa vir a chuva fria
Nunca mais retornaria
Ao que fora o seu lugar
E brincou de se pintar
Encontrara a sua seita
Aceitou-se imperfeita
Para enfim se encantar
E deixou-se abraçar
Sua boca ainda tremia
Pela febre do desejo
Foi assim, naquele beijo
Que nasceu então Maria
Nenhum comentário:
Postar um comentário