quarta-feira, 9 de novembro de 2016

O NASCIMENTO DE MARIA

Então teve aquele dia
Que a cama estava feita
Que o luar ficou na espreita
E que ela iria se entregar

Que ela iria namorar
Como diz a poesia
Ao sabor da maresia
Com o vento a lhe soprar

Esquecera a agonia
De não ser um dia aceita
Jogou fora a receita
Resolveu se reinventar

Já que é pra se molhar
Deixa vir a chuva fria
Nunca mais retornaria
Ao que fora o seu lugar

E brincou de se pintar
Encontrara a sua seita
Aceitou-se imperfeita
Para enfim se encantar

E deixou-se abraçar
Sua boca ainda tremia
Pela febre do desejo
Foi assim, naquele beijo

Que nasceu então Maria

Nenhum comentário: