segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

O SOL DE GABRIELA

Renascer a cada dia
Quem diria é o meu poder
Bate um sol na minha alegria
Poesia a me aquecer

Quando o temporal passar
Novo coração
E ninguém duvidará
Do sol que eu desenhei no chão

Renascer a cada dia
Quem diria é o meu poder
Bate um sol na minha alegria
Poesia a me aquecer

E se um novo amor chegar
Pronta eu estarei
Com um brilho em meu olhar
Sempre que este sol raiar

sexta-feira, 12 de janeiro de 2018

VERÃO NO MEU OLHAR

Para Thais e Isabela

Quando ela voltar
Bem no verão
Meu coração
Quer era do mar
Corre pra ver

Farei festa então
Vou enfeitar
Nosso lugar
Depois do sol
Além do som

E eu vou lhe abraçar
Ela vai ter que entender
Que eu também sofri
Com essa falta de você

E eu vou lhe abraçar
Bela vai ter que entender
Que eu também sofri
Com essa falta de você
Que eu também sofri
Que eu também chorei

Quando ela chegar
Vai ser tão bom
Vai ser verão
No meu olhar
Que até então
Chora no mar

ELA SABE DO QUE O AMOR É CAPAZ

Para Thais e Isabela

Se eu pudesse me envolver
Não iria hesitar 
Acontece meu amor
que o amor vive em par
e nós somos esse trio

Eu queria até te ver
eu queria te buscar
acontece meu amor
que ela está para chegar
tá chegando aqui no Rio
Tô sentindo um arrepio
Ela sabe que nós dois
Somos dois, até mais
Ela sabe do que o amor é capaz

Eu Já quis me arrepender
Como eu me achei vulgar
Acontece meu amor
Que esse amor não é par
Mas é nele que eu confio

Ela gosta de você
Hoje a gente vai para o mar
Vem para Festa meu amor
Venha ser nosso par
Eu não quero te perder
E ela quer te encontrar
Ela sabe que nós dois
Somos dois, somos mais
Ela sabe do que o amor é capaz

Eu Já quis me arrepender
Como eu me achei vulgar
Mas é festa meu amor
Venha ser nosso par
Eu não quero te perder
E ela quer te encontrar
Ela sabe que nós dois
Somos dois, somos mais
Ela sabe do que o amor é capaz

QUANDO ELA VOLTAR

Para Thais e Isabela

Quando ela voltar
Você vai me ver sorrindo
Quando ela chegar
O meu peito se abrindo
Quando o sol trouxer
O meu amor pra mim
Uma flor será jardim
E os meus olhos vão regar

Quando eu lhe beijar
Vão dizer que estou sonhando
E quando eu sonhar
Será sempre namorando
Quando o sol florir
Todo esse amor em mim
Por favor diga que enfim
Ela veio pra ficar

terça-feira, 24 de outubro de 2017

O YPIÓCA ESTÁ BEM

Domingão tranquilo, um calor sem sol e após atividades físicas matinais, subitamente me deu uma sede de chope. Subi para tomar um banho e desci perguntando nos grupos do uotizap se alguém gostaria de comer pastéis de camarão comigo. Enquanto aguardava a resposta parei no Cervantes para uma caldereta com quatro dedos de creme, como de costume, e um sanduíche de salaminho com queijo prato, respaldado, é claro, por quase uma hora de tênis com meu meio irmão, Alberto, que chegou bem perto da vitória, mas ainda não foi dessa vez; fomos até o tai breique.

Por volta de dois terços do segundo chope recebo a seguinte mensagem da minha amiga de samba, cerveja e de confidências de decepções amorosas, Thaís Velloso.

- Samba com Chico Alves na Folha Seca, bora?

- Partiu!

Cheguei na Ouvidor alguns minutos antes da minha companheira e encontrei um conhecido em comum, que por motivos que serão expostos no desenrolar da história omitiremos o nome, ficando denominado a partir de agora pela alcunha de Ypióca devido sua predileção pela famosa aguardente de cana de Fortaleza. Como o samba estava prestes a começar fui ficando por ali mesmo, na mesa do Ypióca, onde uma garrafa homônima de setecentos mililitros já não continha mais de quatrocentos àquela altura.

Peço uma cerveja e dois copos já prevendo a chegada da minha parceira etílica-cultural que não falha e junta-se a nós antes mesmo do garçom voltar. Sirvo nossos copos o os levantamos acima das nossas cabeças como se fôssemos brindar a algo de suma importância; balbuciamos algumas palavras incompreensíveis quando Thaís dá uma gargalhada e apontando para o Ypióca com os olhos dispara, esse aí já está brindando desde cedo; e eu arremato, daqui a pouco deita ali no cantinho e dorme na calçada mesmo.

Como profecia, depois de mais uns três sambas do Mestre Marçal, e a garrafa já abaixo da metade, nosso valente cearense se levanta sem largar seu copinho de cachaça, mais aleatório que os eventos descritos no Andar de Bêbado e milagrosamente chega à calçada; ameaça sentar, mas se deita. Os amigos ao redor que já conhecem a peça correram para socorre-lo de vexame maior, não sem antes registrar a cena e enviar para os grupos comuns das redes sociais. Ypióca é levado carregado para dentro da livraria mais charmosa do Rio para um descanso providencial. A turma da roda não perdoa e inicia uma sequência de sambas sobre o tema.

Após algumas cervejas geladas e sambas quentes o domingo vai saindo de fininho, à francesa, debaixo de chuva, assim como eu, deixando para trás mais algumas crônicas desse maravilhoso ambiente que tentarei compartilhar aqui em breve, pois ao entrar na Folha Seca para verificar o estado da figura acabei esbarrando com os novos livros do Aldir que comprei de imediato, já estou devorando e me animaram a escrever novamente.

Ah, o Ypióca está bem, já foi visto todo serelepe num outro samba na segunda-feira.

quarta-feira, 6 de setembro de 2017

POETA OU VIOLEIRO

Jackson Britto e Nelson Borges

Num bom samba pouco importa
O que é que vem primeiro
Se os acordes de um bom pinho
Ou um poema verdadeiro

Não há esta primazia
Se é o verso ou a melodia
Que seja um samba altaneiro

No meu samba pouco importa
O que é que vem primeiro
Se a harmonia da viola
Ou os versos do parceiro

Não há esta primazia
Venha verso ou melodia
Que seja um samba altaneiro

No samba não há vaidade
Não se pisa assim no terreiro
Já vi samba brotando das cordas
Já vi samba nascer num pandeiro

No samba nem sempre é o poeta
Quem escreve o verso inteiro
Um bom samba inspira o parceiro

Que vem sempre com galhardia
E o sabor do seu tempero
Escrever o verso derradeiro

AGORA JÁ PASSOU

Jackson Britto e Nelson Borges

Quem Me Viu Chorar
Sabe que o meu cantar
Nem sempre foi assim
Quem me viu sofrer
Por causa de você
Achou que era o meu fim

Quem Me Viu Chorar
Sabe que o meu cantar
Nem sempre foi assim
Quem me viu sofrer
Por causa de você
Jurou que era o meu fim

Mas a vida é de viés
Nos traz tantas lições
O Lema é esperar
Quem sabe das razões
Muitas questões, nada a dizer

Sim eu me recuperei
Já tenho um novo amor
Motivos pra sorrir
Um tema para compor

Que não fale mais da dor
Que um dia eu senti
O tanto que eu sofri
Agora já passou

SE ELA UM DIA CEDER

Quem pensou que o amor acabou
Não conhece outras formas de amar
Só conhece a paixão
Não percebe a ambição
De um pirata à deriva no mar

Eu tentei uma vez lhe beijar
Só mais tarde entendi o porquê
Disse ao meu coração
Não serás mais prisão
Ela pode sair e voltar

Ela pode vagar por aí
De repente desaparecer
Se ela pode ceder
Vou ficar por aqui

Quem pensou que o amor acabou
Simplesmente não vai entender
Vai pensar, foi em vão
Toda a separação
Se ela agora não quer mais você

Que ela agora voltou a sorrir
Que ela agora não vai mais sofrer
Mas se um dia ceder
Estarei por aqui

sexta-feira, 1 de setembro de 2017

ACEITA, IDIOTA

Sou dono
do meu próprio nariz de palhaço
eu faço
o que der na telha
pentelha
por que não aproveita e some
teu nome
eu já nem me lembro mais
Capaz
de não reconhecer na rua
a tua
carinha de satanás

Cai fora
Que eu já retomei a vida
Bandida
Da boca vermelha
Centelha
Que pode causar um estrago
Um trago
Antes da bebedeira
Ladeira
Que só me empurrou pra baixo
Eu acho
Que já não te quero mais


Certeza
Ninguém pode dizer que tem
Porém
Eu quase acredito
Duvido
Que ainda te beijo a boca
Tá louca,
Por que me provoca?
Piroca
Só pra não falar caralho
Paspalho
Aceita idiota

Não tenho
Mais como manter a promessa
Por essa
Eu já não esperava
Devassa
Que não sai do meu pensamento
Tormento
Me beija e me abraça
Cachaça
Que me alivia e consome
A fome
Que não matarei jamais

MARQUEI, ISABELA

Eu fiz a canção pra ela
Mas ela não quis notar
Passou de relance
Pro nosso romance
Deixou só um polegar

Curti a gatinha dela
Na foto em frente ao mar
Dei tanto carinho
Até fiz um ninho
Quentinho no meu sofá

Quem sabe o amor das duas
Respingue no meu cantar
Se a felicidade
Tá noutra cidade
Vê se ela vem me buscar

Pois já não conheço as ruas
Não sei mais por onde andar
Tá bem diferente
Já deixam a gente
Com a gente se enamorar

Eu tenho uma namorada
Só falta ela me beijar
Talvez de aquarela
Pintado na tela
Um outro pra fazer par

Mas como eu tô descarada
Meu anjo, vem me salvar
Sem muita cautela
Marquei, Isabela
Aquela que adora o mar