quarta-feira, 6 de abril de 2016

MINHA PRIMAVERA

Foste por tanto tempo minha poesia que agora tenho medo de perder-te.
Tenho medo de não olhar para a primavera com os mesmos olhos.
Tenho medo de olhar para o mar é ver apenas água.
Tenho medo de sair à rua e não enxergar as histórias, apenas pessoas vagando; vagando a esmo e sem sentido, assim como eu serei.
Serei uma alma sem rumo, sem caminho, sem jornada, tal qual o nada que existe no fim de tudo que não vem de ti.

Como poderei segurar novamente um lápis em prol do amor?
Que acordes deixarão órfãs todas as canções dos cachos teus?
Cortaste os cachos e resolveste crescer.
A advogada sumirá com a menina e a menina sumirá com os sonhos meus.
Foste por tanto tempo a minha primavera que agora tenho medo do verão.

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