segunda-feira, 21 de março de 2016

MALDADE DA GUANABARA

Ai, quanta maldade da Guanabara
Não entendo porque a baía separa
O meu coração tão distante do teu


Aí a saudade começa, ela dói e não para
Niterói se ilumina e ninguém lá repara
Que aqui desse lado já anoiteceu


Escureceu do Aterro até Copacabana
Daí eu culpei minh'alma Tijucana
Por voltar a beber, por te amar demais


Um dia eu tomo coragem e atravesso a baía
Depois faço valer cada grão de poesia
Que escrevi pra você ao perder minha paz


Por enquanto eu vou de traçado aqui no Madrid
Noutra mesa puxaram um samba do Aldir
Peço mais um gengibre para não chorar


E esse balcão vai curando minha paranóia
Meu amor lá flertando com Araribóia
E a baía que insiste em me maltratar

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