quarta-feira, 20 de maio de 2015

SEM QUALQUER DISTINÇÃO

Soprando bambus
A gente de um povo
Em um mundo novo
De olhar seminus
A cara pintada
Vestido pra guerra
Defesa da terra
Que faziam jus
 
Ganharam presentes
Depois foi pancada
Nas mãos amarradas
Puseram uma cruz
Subiram igrejas
Aprenderam a reza
Apanharam à beça
Conheceram Jesus
 
Depois veio o negro
Com pés de corrente
Trouxeram foi gente
Ao solo febril
E miscigenaram
Com índio e branco
Surgindo um canto
Chamado Brasil
 
Passaram os anos
Que fomos colônia
E na monarquia
Um norte se viu
Seguimos em frente
Com a independência
Depois da regência
O menino surgiu
 
Ainda novinho
Herdou uma briga
Cruel duma figa
Era a escravidão
Lutou com firmeza
Foi um pioneiro
E do cativeiro
Quis a abolição
 
Depois a República
A velha e a Nova
Colocaram à prova
Nossa inquietação
E quem tanto lutou
Quer parar de sonhar
Que se realizar
Numa grande nação
 
Um país para todos
Sem qualquer distinção

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