terça-feira, 19 de maio de 2015

PARADO AQUI EM FRETE

E se toda gente
Partisse ao encontro dela
E lhe surpreendesse
Cantando à capela
O samba que um dia
De amor eu fiz por ela
Será que ela abriria
De vez a sua janela
Será que sorriria
Que ainda é aquela
Refém da alegria
Refém da cantoria
E sua sentinela
 
E se toda a gente
Então lhe oferecesse
Uma outra poesia
Alguma que coubesse
Metade da saudade
Que hoje me pertence
Que ainda me invade
Quem sabe ela cedesse
Aos gritos da cidade
Talvez se ela se desse
Essa oportunidade
Veria que a verdade
A si não reconhece
 
Que o fato tem versões
Que são tão desiguais
Nem todas as canções
Serão do amor demais
Se a paz se faz ausente
Mas hoje volto atrás
Pedindo a minha gente
Que cante este recado
Que chegue de repente
Que estou desesperado
Sozinho, apaixonado
Parado aqui em frente

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