quarta-feira, 19 de maio de 2010

NAQUELE TEMPO

Meu tempo é aquele
De festa de rua
De bola, de pipa
De gude e pião
Rolimã e carniça
De enfeitar a praça
Colar bandeirinha
Brincar São João

Castigo na escola
Quase todo dia
Na diretoria
Ouvir um sermão
Tentar catecismo
Criar um juízo
Pintar os diabos
Culpar o irmão

Naquele tempo
Se andava tranqüilo
Pela madrugada
Sem preocupação
Voltava de festa
Ficava na esquina
Juntando menina
Com um violão

Contando piada
Com a rapaziada
Em qualquer calçada
Ver amanhecer
Mais um belo dia
Era tanta alegria
Que essa nostalgia

Vale a pena escrever

7 comentários:

Elika Takimoto disse...

Ficar conjugando
no pretérito imperfeito
Acho mó furada
Não afeta meu peito
Brincar São João
Fizemos agora!
Outro dia você
Fez rabiola!!!!
Já juntando meninas
Com um violão
Pó pará com isso
Qualé, meu irmão!
Mas o poema é belo
O ritmo tá bão
Se tivesse aqui
Ganhava um beijão

Nelson Borges disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Elika Takimoto disse...

Nelsu,

Pro teu governo:

-Hideo brinca na rua e fica batendo papo até altas horas.

-Hideo sai a noite e volta de madruga com os amigos (de táxi).

-Hideo quando dorme, pode dar um tiro de canhão que ele não acorda antes das duas da tarde.

O problema não é o tempo. É o excesso de juízo.

Isso que enfraquece.

Elika Takimoto disse...

Tu removeu o comentário, cara pálida?

Estou falando sozinha aqui agora???

Nelson Borges disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Nelson Borges disse...

É que eu mudei o final e não vi mais sentido no que havia escrito aqui no comentário.

O Hideo faz isso tudo, mas faz só agora, com 10, 11, 12 a gente não deixava. Vide Nara, em Mangaratiba, que é um condomínio fechado.

Voltar de madrugada ele volta, mas na maioria das vezes de taxi, de carro, ou com os amigos.

A violência é muito maior, não que não houvesse "naquele tempo", mas era outro tipo.

Cansei de sair da tua casa à meia noite, pegar o 607 direção Rio Comprido, dormir no ônibus, passar pela tua porta novamente, dormir de novo, acordar em lugares que eu nem sabia o nome.

Vai fazer isso hoje...

Não quero mudar o teu pensamento, mas você tem que admitir que a violência aumentou e que mudou o tipo de abordagem e de assalto, ou seja, se era menos violento, era mais tranquilo, foi apenas isso o que eu disse.

De resto, descrevi que no meu tempo, ou seja, quando eu era criança, brincávamos na rua daquela maneira.

Se o Hideo pegar o violão e sentar em qualquer calçada da nossa rua, ele não volta nem com a palheta.

beijos

Elika Takimoto disse...

Ok.

Claro que era menos violento. Não disse o contrário. Só quero dizer que Hideo vai dizer a mesma coisa daqui a 20 anos.

No mais, estamos nos estendendo agora.

Seja lá qual for a sua opinião, o importante, aqui, é que ela foi defendida com elegância e maestria.

O resto é o resto.

Beijos