sábado, 22 de maio de 2010
A FESTA DO CÃO
Um dia o Diabo
De modo macabro
Querendo dar cabo
Ao que começou
Chegou numa terra
De mar e de serra
Deu grito de guerra
Que o povo escutou
Chamou toda gente
Que estava descrente
De ser mais contente
Só infernizou
Pôs fogo em palha
Em capim-navalha
Que rápido espalha
O que se soprou
Roncou na barriga
Do povo a intriga
Tambores pra briga
O Diabo inventou
Criou um motivo
Deu um tom festivo
Um dançar mais lascivo
Todo mundo dançou
E vendo aquela dança
Criou ele esperança
De que velho e criança
Brigariam tal qual
O guerreiro mais forte
Já previa a sorte
De ver sangue e morte
O juízo final
Mas na hora marcada
Deu sinal, fez zoada
Atiçava e nada
De se ver nenhum mal
Pois a gente queria
Ter somente a alegria
De vestir fantasia
E brincar carnaval
Assinar:
Postar comentários (Atom)
3 comentários:
Bravo, Nelson, bravíssimo!
Ainda mais porque ilustra muito bem (no salto alto) o fato de que o mal não atinge quem não está aberto a ele.
Adorei. Perfeito.
Golaço!
Beijos
Minha Flor,
sempre tão carinhosa comigo.
bjs
Meu amor,
O fato de vc escrever muito bem nada tem a ver com a quantidade de amor aqui dentro.
Uma coisa não tem nada a ver com a outra. Só se cruzam, mas são coisas diferentes.
Capisci?
Postar um comentário