segunda-feira, 5 de setembro de 2016

O MEU CONFORTO É TE SABER MEU PAR

Será que novamente o mar será meu pranto?
Será o tanto que devo chorar?
Por naufragar demais me recolhi num canto
Para esperar o vendaval passar

Porém agora qualquer brisa assusta
Ya no me gusta enfrentar el mar
Apesar de boa, a briga não foi justa
Ainda me custa um tanto acreditar

Que esse teu verde será calmaria
Que eu não iria nele me afogar
Perder a carta da pirataria
Corso sem rei no mar do teu olhar

Que o teu sorriso não me mataria
Que eu morreria só por te beijar
Morrer mil vezes me acalentaria
Tua boca iria então me libertar

Depois de livre eu me enroscaria
Nos teus cabelos a me embaraçar
Então diria para a ventania
Pode soprar que não vou arredar

Se no teu colo deitarei pra sempre
Ninguém me tira desse meu lugar
Por te amar assim perdidamente
Inconsequente quero te mostrar

Que mudarei também a tua vida
Se a ferida em mim cicatrizar
Sol e luar não fazem despedida
Se estás perdida deixa eu te guiar

Perde esse medo e vem matar a sede
Comprei a rede, só falta instalar
Tanto lutamos pra quebrar paredes
Não tem mais caixa pra nos encaixar

Vem me abraçar, me grudar no teu corpo
Quem já foi torto quer se endireitar
De tanto mar, nunca serei mais porto
O meu conforto é te saber meu par

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