quinta-feira, 7 de julho de 2016

MEDO

Se nego a vida é por saber da morte
Que tive a sorte de viver um dia.
A faca esfria, mas amor, o corte...

Aponta ao norte da minha agonia.


Ainda tenho medo do escuro,
Ainda curo a dor de ser feliz.
O que eu fiz pensando no futuro
Já não procuro ao ver a cicatriz.


Vou caminhando numa nova estrada
Pela calçada, não me atrevo à rua;
Da madrugada já me basta a lua,


Que continua a aparecer do nada,
Que insinua à noite, na calada
Que minha amada por aí flutua.

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