Que tive a sorte de viver um dia.
A faca esfria, mas amor, o corte...
Aponta ao norte da minha agonia.
Ainda tenho medo do escuro,
Ainda curo a dor de ser feliz.
O que eu fiz pensando no futuro
Já não procuro ao ver a cicatriz.
Vou caminhando numa nova estrada
Pela calçada, não me atrevo à rua;
Da madrugada já me basta a lua,
Que continua a aparecer do nada,
Que insinua à noite, na calada
Que minha amada por aí flutua.
Ainda curo a dor de ser feliz.
O que eu fiz pensando no futuro
Já não procuro ao ver a cicatriz.
Vou caminhando numa nova estrada
Pela calçada, não me atrevo à rua;
Da madrugada já me basta a lua,
Que continua a aparecer do nada,
Que insinua à noite, na calada
Que minha amada por aí flutua.
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