terça-feira, 19 de maio de 2015

ENQUANTO FIZER SENTIDO

Que a vida siga meio itinerante
Minha cigana vou voar contigo
Já tenho a roupa da nossa viagem
Tenho a desculpa, mas também não ligo


Tenho meu verso que te ofereço
Com uma dose de amor sofrido
Na cara limpa de qualquer palhaço
Se vê do choro o trecho percorrido

Talvez eu chegue até a primavera
E continue um pouco mais que amigo
Roubando beijos de uma hora inteira
Outra maneira de correr perigo

Que a nossa estrada seja divertida
Que tenha sempre um quê de proibido
E que a loucura seja a namorada
Que tudo um dia seja permitido

Bem sei que arrisco sofrer novamente
É uma sina que trago comigo
Quando um poeta ama é de verdade
É uma benção e meu maior castigo

Não me preocupo muito lá na frente
Só quero agora ser teu preferido
Que a nossa cena dure eternamente
Mas só enquanto ela fizer sentido

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